11 de maio de 2014


Edição 2014 do GEAMA
Palestra dia 30 de maio
Local : Sala 112 do CCH\UEL
Horário:  14:00 hs
Prof. Roger D. Colacios - Departamento de História- UEL
Título: Mudanças Climáticas e suas Controvérsias Científicas.

Resumo:

Propomos uma análise das controvérsias referentes à construção do fato
científico "mudanças climáticas" entre os anos de 1970 a 2005. Tendo como
hipótese norteadora a noção de que a política foi um elemento definidor
dos debates ocorridos sobre o tema. Esses trinta e cinco anos tiveram três
eixos temáticos discutidos sob a denominação de mudanças climáticas:
aquecimento global, degradação da camada de ozônio e o inverno nuclear.
Todos tiveram momentos específicos de hegemonia no meio científico. No ano
de 1970 tivemos as primeiras discussões sobre a degradação da camada de
ozônio, de caráter teórico, mas que suscitaram amplos debates relacionados
à possibilidade real de tal fato acontecer. Ainda nos anos 1970, o
aquecimento global teve um primeiro período de hegemonia, quando foi
questionada a validade de seu enunciado em relação ao do resfriamento
global. Ambos os temas foram sobrepujados a partir de 1983 pelo inverno
nuclear, divulgado pelo grupo sob a sigla TTAPS e liderados pelo
astrofísico estadunidense Carl Sagan. O enunciado era relacionado
diretamente à Guerra Fria, e foi sumindo paulatinamente do cenário
científico no início dos anos 1990. De 1987 em diante, a degradação da
camada de ozônio foi retomando seu protagonismo nas controvérsias, baseado
então em estudos empíricos, quando os cientistas identificaram um buraco
na camada acima da Antártica. Desde 1988 o aquecimento global retornou a
discussão pela comunidade científica, mas se tornou novamente o centro das
atenções apenas em 1998, como resultado da assinatura por muitos países do
Protocolo de Kioto e do consenso científico que isto teria provocado. A
hegemonia do aquecimento global é analisada até o ano de 2005, quando uma
série de dúvidas colocam em jogo o consenso e o acordo estabelecido em
Kioto.

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