Meio Ambiente e o Brasil no cenário mundial - Mais preocupações à vista –

Na última Quarta-feira, dia 07, durante a 17ª Conferência do clima da ONU (COP-17) em Durban - África do Sul- a ex-ministra do Meio Ambiente disse que a lei que altera o Código Florestal aprovada pelo Senado "dificultará em muito as metas assumidas pelo país de cortas emissões de gases-estufa e pode alterar o cenário de redução dos desmatamentos. Após uma intensa negociação de última hora, o Senado aprovou na noite de terça-feira, por 59 votos a favor e 7 contra, a reforma do código florestal. Segundo a opinião de Marina, a lei faria o Brasil perder a posição de liderança que assumiu entre os países emergentes nas negociações climáticas. " O Brasil tem papel muito importante nessa COP. É fundamental continuar com sua posição pró-ativa. Os países estão olhando para o Brasil para ser uma inspiração. Obviamente que [ com essa aprovação ] isso fica enfraquecido "

O Objetivo da conferência em Durban, é definir o formato do novo Fundo Climático Verde, destinado a ajudar nações pobres a enfrentarem o aquecimento global e a participarem dos esforços de mitigação desse problema. Estão presentes na conferência negociadores entorno de representantes de 200 países.

Vale lembrar que a aprovação da reforma no código, ocorrida no Senado, esta semana, causou uma avalanche de críticas internacionais de ambientalistas e opôs as ONGs à ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que também participou da conferência em Durban. Sobre a questão, há ainda certas vertentes com um olhar diferenciado sobre a nova lei, como por exemplo, o secretário-executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Ambiente) e subsecretário-geral da ONU, Achim Steiner, segundo o qual, há ainda diversas iniciativas ocorrendo no Brasil para reverter o caso: "Há uma petição de 1 milhão de assinaturas questionando se algumas provisões do código são mesmo do interesse da manutenção futura das florestas do Brasil. Segundo, há alguns apelos à presidente para que ela vete alguns itens".

Otimista ou não, o fato é que quaisquer expectativas feitas após essa nova mudança terão agora a oposição de uma lei que legitima e permite uma série de abusos contra a fauna e o meio ambiente em todo o país, em solidariedade ao posicionamento da ambientalista Marina Silva, o que restaria agora é entender como ficará a situação dos ecossistemas e vegetações que já vêm sendo prejudicadas – sobretudo nos últimos 50 anos, devido ao processo industrial - agora que tal sanção permitirá ainda mais danos. Nós do GEAMA estamos atentos e preocupados com esta questão em curso.

mais informações em http://www.cop17-cmp7durban.com/

Por Equipe Gestora GEAMA