Ideias do espaço universitário
No espaço universitário podemos e devemos cultivar valores
universais de cunho ético e, deles, orientarem nossas práticas profissionais e
cidadãs. Aprendemos a refazer cotidianamente a natureza da instituição que
temos que pertencemos e que somos ao fazer coisas boas e coisas belas e, esta
deve ser nossa obsessão. A universidade, assim como a democracia, sem ética e
busca para melhorar as condições da vida para todos, é uma mera formalidade,
pois pouco significa o voto e uma escolha sem os correspondentes compromissos
que ele carrega. Isso nos induz a compreender que os fatores de ontem não são os mesmos de hoje e muito
provavelmente não serão os mesmos de amanhã, pois a ciência, como vida, devem
se renovar continuamente. Assim vivo e percebo a universidade como a sociedade
em constante transformação. Buscar, construir e encontrar vasos comunicantes
para que eles possam se retroalimentar é um passo importante, para a definição
de mapas comuns. A educação para a sustentabilidade não deve ser tratado em
separado da orientação para o estabelecimento de uma carta de navegação para
cruzar os mares agitados, anos difíceis que teremos pela frente. Todas as áreas do conhecimento científico, da
filosofia podem e devem contribuir nesta direção, pois necessário se faz, mais
que agrupar saberes, buscar na origem epistêmica as questões que tratam de
forma ética, a busca de elementos equilibrados de um modelo de vida e de
trabalho, prudente e decente que respeite a vida em todas suas manifestações.
Nesse processo de alimentação, retroalimentação
e aprendizagem cabe debater constantemente a pauta da produção de
conhecimentos, a pesquisa de alternativas tecnológicas que erradiquem a fome,
as contaminações, que proponha a saúde e a cura, que gere emprego, renda,
qualidade de vida e preserve a biosfera, película muita fina que encobre o
planeta onde ocorre a vida, todo tipo de vida, em consonância às necessidades
das populações e regiões. Podemos afirmar, depois de uma longa jornada, que vivemos
num mundo de muitas incertezas, altos riscos.
Há, em nossos arquivos, um mapeamento acumulado de práticas
não sustentáveis que, a partir delas permite alastrar nosso horizonte teórico
imaginativo e criativo na compreensão de outras possibilidades, outros jeitos
de trilhar os desafios constantes desta alta modernidade.
*Paulo Bassani Professor do Departamento de Ciências Sociais, Coordenador do GEAMA
Em 06 de outubro de 2019
Muito bom
ResponderExcluirCom olhar atento as questões éticas e profundidade.
ResponderExcluirPertinente a reflexão. Para criar uma identidade da universidade pública.
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