7 de junho de 2016

O DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE E OUTROS OLHARES ACERCA DA PROBLEMÁTICA AMBIENTAL

Diante de uma crise ambiental já deflagrada, as nações constituídas pós segunda guerra permitiram reunir-se para pautar as questões relacionadas à degradação ambiental na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, ou também conhecida como Conferência de Estocolmo. Promovida pela ONU, a conferência reuniu chefes de estado de 113 nações entre os dias 05 a 16 de junho de 1972 na capital sueca (PELICIONI, 2014).
Neste encontro, foram esboçadas as primeiras formas do que viria a ser o conceito de desenvolvimento sustentável, ou seja, que as preocupações ambientais não deveriam ser uma barreira ao desenvolvimento econômico. Também foi definido o dia 5 de junho como o dia Internacional do Meio Ambiente, para se repensar as questões da relação entre a humanidade e a natureza (PELICIONI, 2014).
Esta semana completamos 44 anos da Conferência e o GEAMA problematiza os atuais impactos ainda gerados pelo desenvolvimento entrópico global e os riscos de se tentar mercantilizar a natureza dentro de uma ideologia disfarçada pelo conceito equivocado de desenvolvimento sustentável. As propostas encaminhadas na Conferência têm surtido efeito no campo das ações sociais? O que os atuais acidentes ambientais nos fazem considerar a respeito das propostas feitas na conferência?
Os principais desdobramentos da Conferência foram as iniciativas voltadas para a recuperação da saúde ambiental do planeta, por meio de implementação de políticas públicas, órgãos ambientais estatais, cooperação e acordos estatais, além da ênfase na necessidade da generalização de esforços para a educação ambiental (PELICIONI, 2014). Foram importantes para se conciliar as questões sociais às questões ambientais que nos permeiam atualmente. Entretanto, ainda sim, estas propostas não viabilizaram uma mudança radical dos modos de produção capitalistas.
A ideia de dominação da natureza pela humanidade, reforçada pela industrialização, criou um modo de vida onde o homem acredita-se alheio do restante da natureza. Há nisso, riscos e consequências ambientais à saúde humana e às relações sociais, visto que nossa espécie não evoluiu de forma independente do ambiente e outras formas de vida que nele existem.
Os riscos sociais frente à natureza, que levam como justificativa o desenvolvimento econômico, na maioria das vezes, oferecem consequências imprevisíveis, são universais e contemplam a sociedade de maneira globalizada. Nesse contexto, o meio ambiente não pode ser pensado de maneira individual ou independente de territórios e territorialidades, deve ser discutido de forma ampla, democrática de forma que atinja os mais variados públicos.

Referência

PELICIONI, Andréa Focesi. Movimento ambientalista e educação ambiental. In: PHILIPPI JR., Arlindo; PELICIONI, Maria C. F. (Eds.). Educação ambiental e sustentabilidade. 2. ed. revisada e atualizada. Barueri: Manole, 2014. pp. 353-379.
Texto elaborado pelos estudantes extensionistas Gabriel Barbosa Bassani, José Vitor Circhia, Luiz C. dos Santos Ferreira,  e Princielle da Silva Souza.


Aproveite e confira a programação do GEAMA edição palestras 2016.



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