Propomos debater quais são os direitos dos homens e da natureza neste século XXI. E lembrar que nosso direito de viver no planeta é como usufrutários, temos um modelo de desenvolvimento que nos levou a um estagio avançado daquilo que conhecemos como ação antrópica desregulada, abusiva sobre a natureza.
Estes, a meu ver, são alguns dos pressupostos necessários para pensar a construção de um futuro melhor, com preservação, justiça social, trabalho e sustentabilidade. Apenas o inicio de um longo debate. Necessitamos de muitos esforços para pensar o novo. Mas não dentro dos marcos que criaram e alimentaram o velho. O novo será sempre um esforço ético-científico de pensar um amanhã possível para toda a humanidade. Entendendo a diversidade de formas e viver com equilíbrio e equidade. Com justiça social e preservação de todo o tipo de vida no planeta que habitamos. Vamos construindo esforços. Nisso muitos podem contribuir, desde que possamos romper com a estreiteza de pensamento e com a imaginação de práticas e exercícios que possam edificar novos formatos civilizacionais.
Importante lembrar e reconhecer que a mesma lógica que explora e oprime as pessoas também explora e subordina a natureza. Hoje entramos mais do que devíamos no uso e desgaste natureza. Consideramos a Terra como um grande baú que retiramos, usamos e não repomos. Há dados da ONU – IPCC que demonstram termos ultrapassado em cerca de 30-5 % da capacidade reprodutiva da natureza para atender as “necessidades deste tempo”.
Essa abordagem se faz com o desafio de romper com as ideias de dominação, devastação, destruição. Nossa tarefa é de agrupar e criar noções mesmo que embrionárias de um novo começo necessário e imprescindível para cruzarmos o século XXI e daí imaginarmos outros séculos pela frente. Nos debruçarmos sobre o momento que vivemos, em busca de referenciais teóricos e metodológicos que possam dar conta de explicar e transformar as coisas que compõe a “realidade que vivemos”.
Isso significa trazer para a reflexão, para a vida acadêmica um sentido de pertença com a humanidade, com a natureza, com o planeta. Redescobrir o prazer de estudar, pesquisar o novo, sem as convenções que nos atrelam ao mercado, a competitividade, a verticalidade, mas algo que seja e horizontalizado, colaborativo e dialógico. Construído sem o medo, os pré-conceitos ou as “verdades” do racionalismo Cartesiano.
Nos próximos ensaios aprofundarei estas questões.
Prof. Paulo Bassani









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