17 de julho de 2015

A Educação Ambiental em questão (Fala Inicial)

Entramos num ciclo de falências pessoais, coletivas, institucionais. Em cada segmento podemos estabelecer algumas análises que levantam uma série de preocupações.
É assim que me encontro nesta tarde. Se num dado momento tudo, ou quase tudo, revela-se num desencantamento. Por outro lado, ao estalebecer um olhar mais atento percebo por entre as frestas algumas possibilidades.
Nesse encantamento, que as frestas permitem ver, a natureza o meio ambiente nos chama atenção. Como cientista e, habitante cidadão do planeta que chamamos de Terra, nos recai uma responsabilidade imensa.
Responsabilidade que se transforma em encantamento associado a um conhecimento que nos permite ler e entender minimamente a relação da espécie humana com a natureza.
Esse entendimento se constrói, sem necessariamente, pertencermos a uma única escola do pensamento, a uma única teoria.
Penso que podemos dizer e estabelecer alguns entendimentos e recortes sob a forma de não fazer as coisas que foram realizadas até hoje. Entretanto, tenho dedico meus estudos sobre as possibilidades, incertezas, riscos, dúvidas, sonhos e utopias que temos pela frente.
Como chamava atenção Matura e Varella (pensadores chilenos) lembramos que as explicações científicas são validadas no domínio de experiências de uma comunidade de observadores científicas e aqui na universidade, temos uma comunidade heterogenia.
Deste grande laboratório gera linguagens, maneiras de pensar que expressam essa multiplicidade, epistêmica, hermenêutica, teórica e metodológica da ciência que acredito, da ciência que me orienta.
Minha fala dá-se a partir das Ciências humanas, mas também não sou seu porta voz, apenas tento estabelecer uma recorte de uma trajetória de estudos, produção de conhecimentos e práticas ambientais que remontam a o início dos anos de 1990 com a Eco conferencia do Rio de Janeiro em 92. Depois pelos estudos e debates no NEMA (Núcleo de Estudos do Meio Ambiente da UEL), onde, nesta trajetória em 2003 criamos o GEAMA (Grupo de Estudos Avançados sobre o Meio Ambiente).
Esta trajetória sempre focada no desejo de tecer um presente e um futuro equilibrado, com preservação e qualidade de vida para todos os seres vivos e para nossa casa comum.
Esse conjunto de observações e experiências me levam a pensar a Educação Ambiental - EA como um exercício de cidadania, no qual, considero condição indispensável no processo educativo. Processo que se manisfesta como ato de pensar a produção de um saber ambiental possível, no seio desta profunda crise que nos encontramos.
Penso, nesta esteira, em estabelecer um traçado mínimo envolvente que possa motivar a todos diante dos desafios de nosso tempo. Pois, é no conjunto de experiências, na diversidade de olhares que poderemos encontrar algumas respostas para o impasse que o sistema nos coloca.

Prof. Paulo Bassani

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