26 de agosto de 2013

Uma reflexão pós JMJ


OLHAR ECOLÓGICO-CRISTÃO SOBRE A JMJ RIO 2013
Ligia Gomes

Pela segunda vez participando de uma Jornada Mundial da Juventude - JMJ, continuo não encontrando muitas palavras para descrever esta experiência.  Estar no Rio de Janeiro e ver que tantos estavam lá pelo mesmo Cristo, pela mesma fé, pela mesma Igreja foi simplesmente maravilhoso. Digo sempre que a JMJ é capaz de gerar em nós sentimentos que não conseguimos expressar, mas que são fortes o suficiente para provocar em cada um a mudança que devemos ser onde estivermos.
Como jovem que acredita na mudança do mundo, acredito ser possível à existência e convivência de uma sociedade mais humana, seja na relação com os outros homens, seja na relação com a natureza.
A JMJ neste ano, no Brasil, através da PUC RIO e a XIX semana do meio ambiente que tomou a iniciativa, quis deixar um legado de reconciliação com o meio ambiente para os jovens do Brasil e do mundo. Um Guia Ecológico da JMJ foi distribuído nos kits com o objetivo de servir principalmente para exaltar o cunho ecológico da JMJ. O padre Josafá Carlos de Siqueira, reitor da PUC RIO e um dos organizadores do material acredita e afirma que todos temos que ser guardiões da criação e administrá-la com responsabilidade, demonstrando a nossa vocação de guardar a sua beleza.
O material traz um texto sobre a posição dos quatro últimos papas em relação ao meio ambiente e os documentos escritos sobre o assunto.
            Além disso, durante a JMJ foi realizado o lançamento do Compromisso “Os Jovens Guardiões da Criação na Jornada Mundial da Juventude”, documento que representa um apelo a todas as nações, aos seus governantes e à opinião pública, para que sejam adotadas ações concretas capazes de produzir uma cultura de salvaguarda da criação, como grande tarefa de toda a humanidade.
O compromisso foi redigido por uma comissão da Fundação João Paulo II, do Ministério do Meio Ambiente da Itália, do Comitê Organizador local da JMJ Rio 2013 e da PUC-Rio e tem coo objetivo promover maior visibilidade aos temas de sustentabilidade dentro da religião, especialmente entre os jovens cristãos que, posteriormente, poderão difundir essas ideias e conceitos para seus países.
Contudo, pude perceber que a JMJ de alguma forma se fez em sintonia com as questões ambientais e isso é muito importante. Vejo que o respeito com o ambiente em que vivemos é crucial e que o pouco pode se fazer muito, se todos se tornarem verdadeiramente comprometidos.
O papa Francisco em uma de suas homilias, falou do cuidado com a criação dizendo o seguinte: “Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos 'guardiões' da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para 'guardar', devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura".
Diante disso acredito que a Pós JMJ é muito mais importante, afinal fomos enviados pelo Papa, o representante de Jesus Cristo no nosso tempo, e este não é um envio qualquer. Agora todos nós jovens, juventudes acumuladas, toda a igreja, precisamos encontrar juntos os frutos que, com certeza, esta Jornada Mundial da Juventude vai trazer a cada um. E ainda, não podemos esquecer dos ensinamentos que Papa Francisco nos colocou além das palavras, nos gestos, sorrisos, abraços, no olhar atento ao próximo,  na simplicidade.

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