3 de julho de 2013

A questão dos superpostes da Copel

Moradores voltam a protestar contra superpostes da Copel
Guilherme Batista - Redação Bonde
Os moradores do jardim Itamaraty (zona oeste de Londrina) também são contra a instalação de superpostes da Copel na região. As estruturas já começaram a ser erguidas. O bairro também deve receber uma das novas subestações da companhia. Um grupo de moradores se reuniu com o secretário municipal de Obras, Sandro Nóbrega, na tarde desta terça-feira (2), para expor a situação. Representantes da Copel foram convidados a participar do encontro, mas não apareceram. "O problema é que, no início do ano, a discussão ficou concentrada na Gleba Palhano. O agente público precisa ver o bem da cidade e não de um bairro específico", criticou a moradora do jardim Itamaraty, Valdicéia Frei. 

No mês passado, a Copel recuou e desistiu de instalar os superpostes na Gleba Palhano. Depois de muita pressão por parte dos moradores, a companhia aceitou suspender a construção das estruturas e abrir um estudo de viabilidade para a implantação da rede de alta tensão na PR-445. A Copel se mostrou sensível à situação da Gleba, mas destacou, na oportunidade, que as obras iriam continuar em outros pontos da cidade. É o que está acontecendo no Itamaraty e também no jardim Bandeirantes (zona oeste). "Ainda estamos tentando entender a situação", disse a moradora.

Valdicéia defendeu a construção da subestação na PR-445. "Uma estrutura dessas em um bairro residencial representa perigo aos moradores." Os superpostes também deveriam ser transferidos para rodovia, na avaliação dela. "Com a mudança, o trajeto ia ficar mais curto e a Copel poderia até economizar. Sem falar da possibilidade da implantação das redes subterrâneas. Por que cidades como Curitiba e Maringá já têm as fiações diferenciadas e Londrina ainda não?", questionou.

A moradora pretende mobilizar habitantes de outros bairros atingidos para tentar reverter a situação. "Precisamos sensibilizar o governador Beto Richa, para que ele faça a Copel mudar o projeto. Estamos sendo negligenciados", destacou.

O secretário de Obras disse que vai intermediar a situação entre os moradores do jardim Itamaraty e a Copel. "Eles prometeram me entregar uma pauta de reivindicações na próxima semana. O documento será repassado para companhia", contou. Ele também lamentou a ausência de representantes do órgão estadual na reunião desta terça-feira. "Chegamos a discutir alternativas, mas não tivemos o outro lado."

As reivindicações dos moradores também devem ser protocoladas no Ministério Público (MP).

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