Veja a matéria de capa do jornal Folha de Londrina do dia 10 de outubro de 2012: Fome afeta 870 milhões de pessoas no mundo.
A matéria diz que o relatório da ONU para a alimentação e a agricultura mostra que 12,5% da população mundial está subnutrida. E ainda, o documento revela que 2,5 milhões de crianças morrem todos os anos vítimas de desnutrição infantil.
A matéria da Folha ainda apresenta a realidade de que em Londrina, famílias carentes convivem diariamente com a falta de comida.
Veja o link da matéria na íntegra:
http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1-8
10/10/2012 -- 00h00
‘Modelo econômico é incapaz de incluir todos’
Londrina - O sociólogo ambiental Paulo Bassani, do Departamento de Ciência Sociais da Universidade Estadual de Londrina (UEL), ressalta que o problema da fome acompanha a humanidade há muito tempo e que, apesar de todos os avanços na área da tecnologia, da indústria de alimentos, na agricultura e na pecuária, o ''nosso modelo econômico atual se mostrou incapaz de incluir todas as pessoas do planeta''. ''É possível construir um mundo onde caibam todos e onde nenhum ser humano passe fome'', defendeu.
Mas para isso, de acordo com o professor, é necessário organizar a política e a economia de uma forma que todos sejam atendidos. ''É um problema de ordem ética. Não adianta apenas aumentar a produção de alimentos se a distribuição não chegar a todas as pessoas'', disse.
Bassani acrescenta que atualmente a capacidade de produção de alimentos cresce todos os anos e que existem terra e comida para proporcionar uma dieta diária entre 1,5 mil e 2 mil calorias para os mais de 7 bilhões de habitantes da terra. ''A fome é o mal que mais mata no mundo, mas diferentemente de doenças graves, como a Aids, por exemplo, todos sabem como acabar com ela. Basta vontade política para resolver.''
Bassani lembra ainda que a degradação dos recursos naturais vai acabar atingindo o grupo da população que é menos privilegiada: os idosos, as crianças e os pobres. ''O problema da fome ainda é muito grande em relação ao crescimento da população. E esta situação vai em desacordo com a ordem capitalista do mundo em que vivemos, que é produzir e consumir. Algumas pessoas consomem demais e muitas não conseguem consumir nem para sobreviver'', alfinetou.(L.F.C.)
Mas para isso, de acordo com o professor, é necessário organizar a política e a economia de uma forma que todos sejam atendidos. ''É um problema de ordem ética. Não adianta apenas aumentar a produção de alimentos se a distribuição não chegar a todas as pessoas'', disse.
Bassani acrescenta que atualmente a capacidade de produção de alimentos cresce todos os anos e que existem terra e comida para proporcionar uma dieta diária entre 1,5 mil e 2 mil calorias para os mais de 7 bilhões de habitantes da terra. ''A fome é o mal que mais mata no mundo, mas diferentemente de doenças graves, como a Aids, por exemplo, todos sabem como acabar com ela. Basta vontade política para resolver.''
Bassani lembra ainda que a degradação dos recursos naturais vai acabar atingindo o grupo da população que é menos privilegiada: os idosos, as crianças e os pobres. ''O problema da fome ainda é muito grande em relação ao crescimento da população. E esta situação vai em desacordo com a ordem capitalista do mundo em que vivemos, que é produzir e consumir. Algumas pessoas consomem demais e muitas não conseguem consumir nem para sobreviver'', alfinetou.(L.F.C.)
sempre perspicaz o prof. Bassani em sua análises. Refere-se a uma temática de extrema importância nos tempos modernos.
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