Equipamento produzido por ambientalista separa o chorume, que juntamente com o material orgânico resultante do processo poderá ser usado como fertilizante em hortas e jardins
Muita gente tem vontade de fazer a compostagem dos resíduos orgânicos em casa, mas acha trabalhoso ou tem receio de que a operação atraia insetos e produza mau cheiro. Um equipamento que vem sendo testado há pouco mais de um mês pelo ambientalista João Batista Moreira de Souza facilita o processo da compostagem caseira e evita os incômodos gerados pela decomposição do lixo.
O ambientalista criou um kit formado por um suporte de ferro ao qual é acoplado um saco feito de tela. Os resíduos são colocados nesse saco e o chorume resultante da decomposição cai em uma bandeja plástica de onde sai uma canaleta que conduz todo o líquido para dentro de uma garrafa plástica, com capacidade para um litro. O suporte fica dentro de um balde plástico com tampa, evitando a dissipação de odores.
Tanto o líquido resultante da decomposição dos resíduos (chorume) quanto o material orgânico que sobra após a liberação do chorume podem ser utilizados como fertilizante em hortas e jardins ou até mesmo em lavouras, quando um volume grande de material orgânico é submetido ao processo de compostagem.
Segundo o ambientalista, a principal vantagem do sistema é evitar que o resíduo orgânico seja depositado no aterro controlado sem nenhum tratamento, uma vez que o chorume liberado pela decomposição desse material contamina o solo e o lençol freático, sendo extremamente prejudicial para o meio ambiente.
Estímulo
Ao criar o equipamento, a ideia do ambientalista é estimular o processo de coleta seletiva dos resíduos orgânicos no Município, como determina a legislação ambiental. O kit já começou a ser produzido em maior escala para ser vendido aos interessados que se cadastraram na ONG Patrulha das Águas. Por enquanto, são 60 pessoas cadastradas que vão desembolsar R$ 30 para terem em sua casa o equipamento que permite fazer a compostagem.
Souza acredita que dentro de um mês a coleta seletiva desse tipo de material poderá ser iniciada em Londrina. A proposta dele é que as pessoas façam a compostagem do material e que os resíduos resultantes desse processo sejam coletados nas residências por um veículo da ONG Patrulha das Águas mediante o pagamento de taxa. Uma alternativa seria criar pontos de transbordo em pontos de referência da cidade para que a população pudesse fazer o descarte adequado do chorume e do resíduo que se transforma em adubo. O material coletado seria enviado a uma empresa licenciada pelo Município.
“A compostagem reduz o peso do material a ser transportado, reduz o volume e reduz a quantidade de líquido [chorume]”, explicou Souza. Com o sistema de coleta seletiva de resíduos orgânicos, ressaltou ele, diminuiria também a quantidade de lixo despejado no aterro controlado. Por enquanto, o projeto é piloto.
Quando poderei ter um equipamento desse?
ResponderExcluirLetícia
Minas Gerais