5 de agosto de 2010

UEL produz embalagem biodegradável


Professores e alunos dos cursos de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos do Centro de Ciências Agrárias e de Biotecnologia, do Centro de Ciências Exatas (CCE), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), produzem bandejas para alimentos e filmes para diversas aplicações, inclusive sacos para mudas de plantas, além de cobertura de solo, com até 60% de amido de mandioca.

As bandejas utilizadas para embalar alimentos, semelhantes às bandejas de isopor comercializadas em supermercados, são produzidas à base de amido de mandioca e fibra de bagaço de cana. Diferentemente das bandejas comerciais, consideradas prejudiciais ao meio ambiente, o material desenvolvido na UEL é totalmente biodegradável. O tempo de permanência do material no ambiente varia de acordo com as condições ambientais, mas a pesquisa demonstra que, em contato com a terra, luz ou água, os produtos se degradam em pouco tempo.

O material para embalagem, na forma de filme, é resultado do processamento por extrusão, isto é, a mistura do amido de mandioca com glicerina e um polímero biodegradável sintético. O resultado prático é a substituição do material não degradável pelo produto biodegradável. Ao contrário de outros materiais, os produtos à base de amido de mandioca se decompõem facilmente. De acordo com Maria Victória Grossmann, professora do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos (DCTA), o amido de mandioca é a alternativa na substituição de materiais não degradáveis, ao mesmo tempo em que incentiva o aumento da produção de mandioca.

A bandeja biodegradável é apenas uma das alternativas propostas pelo grupo de pesquisadores. Produtos biodegradáveis também são aplicados à agricultura com bons resultados. É o caso da cobertura para solo, utilizada no cultivo de morangos. Além dos sacos usados na proteção de frutas no campo e do acondicionamento de mudas de plantas. Segundo o professor Fábio Yamashita, também do DCTA/CCA e coordenador da pós-graduação, a aplicação dos sacos na produção de goiabas serviu para proteger as frutas da ação de insetos.

Já os sacos usados no acondicionamento de mudas de plantas resistem em média 120 dias. As mudas são enterradas com a embalagem. Em contato com o solo, o material entra em processo de degradação, por isso não é necessário retirar o saquinho da muda.

Fonte: Secretaria de Estado de Assuntos Estratégicos

Um comentário: